A Internet conseguiu ultrapassar a TV aberta como principal destino dos investimentos publicitários no Brasil. Nesse sentido, pode-se dizer que é um acontecimento histórico, já que é a primeira vez que acontece desde os anos 1970. A informação vem de dados do Cenp-Meios, divulgados pelo Fórum de Autorregulamentação do Mercado Publicitário.
O levantamento, por sinal, mostrou que o setor digital representou 39,6% dos R$ 6,035 bilhões investidos em publicidade durante o primeiro trimestre de 2024. Enquanto isso, o índice da TV aberta foi de 37,4% desses investimentos. O estudo levou em conta informações de 335 agências no Brasil.
Essa quantidade representa cerca de 80% do mercado publicitário brasileiro. Além disso, a organização estima que o mercado total de publicidade chegou a cerca de R$ 57 bilhões no ano de 2023. No entanto, esse número poderia ser ainda maior, com possibilidade de alcançar em torno de R$ 81 bilhões.
Isso ocorre se levarmos em conta as aplicações de negócios menores e anunciantes que não usaram serviços de agências. Portanto, não chegam a ser contabilizados no estudo do Cenp-Meios. Confira a seguir os dados do segundo trimestre em relação aos investimentos em publicidade:
Internet: R$ 2,391 bilhões (39,6%);
TV aberta: R$ 2,256 bilhões (37,4%);
Mídia exterior: R$ 667 milhões (11%);
TV por assinatura: R$ 334 milhões (5,5%);
Rádio: R$ 252 milhões (4,2%);
Jornal: R$ 94 milhões (1,6%);
Revista: 26 milhões (0,4%);
Cinema: R$ 16 milhões (0,3%).
Vale ressaltar que o futuro deve mostrar uma quebra da barreira entre TV aberta e meios digitais, visto que a TV 3.0 está perto de ser implementada. Alguns exemplos de aplicações incluem a distribuição de propagandas para grupos específicos e até mesmo a possibilidade de um anunciante fazer campanha em um horário mais caro da Globo, mas apenas em um local específico.
Recentemente, um estudo mostrou que o uso de Smart TVs aumentou, apesar de a TV aberta ser a preferida do público. A audiência, por sua vez, também está em maioria nessa plataforma, apesar do crescimento de serviços online, como o YouTube.
Fonte: TudoCelular.